Representantes de entidades, universidades, conselho de saúde, frigoríficos e escolas, estiveram reunidos com as equipes da Prefeitura de Chapecó, em uma reunião da Sala de Situação, organizada pelas equipes da Secretária de Saúde e que aconteceu nesta quinta-feira (16) no auditório da Prefeitura de Chapecó.
O objetivo da Sala de Situação é discutir, realizar, pensar e planejar estratégias para combate aos mosquito Aedes aegypti, visando controlar os casos da doença e eliminar possíveis criadouros. De acordo com a coordenadora da Vigilância Ambiental de Chapecó, Karina Giachini, Chapecó está em situação de alto risco de infestação dos mosquitos e também para transmissão viral, com casos registrados em diversos bairros. “Ano passado, tivemos uma epidemia da doença com casos de dengue tipo I, agora em 2023 são casos de dengue tipo II. Poderemos ter mais pacientes doentes, com agravamento do estado de saúde de deles. Precisamos estar atentos”, comentou.
LIRAa
As equipes da Secretaria de Saúde de Chapecó trabalharam entre os dias 06 e 10 de março para realização dos estudos do Levantamento de Índice Rápido de Aedes aegypti (LIRAa) que visitou 3.605 imóveis em 48 bairros da cidade. O estudo apontou uma infestação geral considerada de alto risco (> 3,9%), com IIP geral para o município de 8,3%. De acordo com os documentos do Ministério da Saúde, o IIP de 1% é o limite para que haja circulação viral, ou seja, Chapecó apresenta infestação mais de oito vezes maior do que o valor de referência.
O índice de 2023, (8,3%) apresentou diminuição em relação ao levantamento realizado no mesmo período de 2021 (9,5%). Em março de 2022 a atividade de levantamento amostral não foi realizada porque o município já estava em situação de epidemia da doença. Esse ano foram registrados 378 focos em 42 bairros da cidade e todos os estratos amostrados apresentaram infestação de alto risco. Esse resultado demonstra que a infestação é homogênea em toda a cidade. Confirma também a condição de município infestado, com índice de alto risco e que a infestação é predominante em depósitos como depósitos móveis (36,2%), lixos (35,2%) e cisternas (11,9%).
“Esse resultado é decorrente das temperaturas mais elevadas deste período, favorável ao desenvolvimento do inseto, assim como das chuvas de janeiro e fevereiro que abasteceram os criadouros. Esta realidade explica também os casos de dengue que têm sido registrados desde o início do ano e aponta para um cenário de alerta, especialmente nos próximos 70 dias”, explicou Karina.
De acordo com o Secretário de Saúde de Chapecó, Jader Danielli, as visitas domiciliares realizadas pelos Agentes de Combate a Endemias têm a função de informar e orientar a comunidade para que sejam adotadas ações de prevenção e controle do mosquito nas suas residências e locais de trabalho e também de identificação, eliminação de criadouros do mosquito e tratamento. “Essas ações, no entanto, não são efetivas se a população não estiver mobilizada para realizar, de forma contínua e autônoma, a prevenção e eliminação dos criadouros do mosquito vetor. Cada um precisa fazer a sua parte para evitar que a proliferação seja ainda maior”, finalizou.
Fonte: Imprensa/PMC